sábado, 4 de agosto de 2007

Navios.

Por muito, muito tempo eu achei que isso me trazia um bem enorme e que por mais que eu visse que as coisas iam de mal à pior, aqui dentro sempre havia aquela esperançazinha, entende? E não por não escutar as pessoas ao meu redor, é que às vezes parecia que eu não podia ouvir, na verdade, não sei se eu queria. E eu insistia, mesmo que fosse aqui dentro de mim e mesmo que ninguém pudesse mais tentar me salvar, todo aquele paradoxo era só meu e isso me bastava. Por mais que eu tentasse negar tudo isso, o "não" soaria sempre como um "sim". Eu não sei como isso aconteceu, só acontece. Talvez, agora, o que me interessa mesmo é o meio e, mais ainda, um semi-fim. Um semi-fim dos teus semitons. Um semi-fim do teu descompasso. Um semi-fim do meu e do seu desmazelo. Um tempo só pra mim, só isso.

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