sábado, 21 de julho de 2007

O que eu também não entendo.

Fresquinho como o vento é o amor. De longe, pequena brisa, de perto, ventania. E leva tudo... Tudo vai embora, mas o que é mais forte fica e como fica. Às vezes a gente não percebe, às vezes a gente se perde. Às vezes é nosso maior desejo e às vezes o maior medo. Tudo está bem e nada, nada mesmo, nos faz perceber quão grande é o nosso esquecimento em face da dor do amor, do amar. O que a gente mais quer é está pertinho, está quentinho, é arrancar um sorriso do outro, mesmo que para isso tenha que pintar o nariz, ser teu gato e teu sapato. É querer ser notado e notar cada gesto, cada suspiro, cada direção e fazer com que o outro sinta o mesmo ou sinta um pouco, ou até mesmo um pouquinho que seja.
Mesmo perto ou até mesmo longe é querer ver o outro feliz, é provar um gostinho meio amargo e tentar por açúcar, e se o açúcar não funcionar é colocar sete gotinhas de adoçante e se ainda assim o gosto ruim persistir é tentar esquecer e lembrar daquele sorriso, daquela voz que te estremece a alma, aquela mão que você queria que te afagasse e que te carregasse em cada despedida do Sol, a cada nascer da Lua.
E em todo amanhecer uma lembrança com replay, um cheiro, um tempo, uma vez que pra você é como a eternidade e que você não sabe se vai ter um fim, e o pior, se você quer que isso tenha um fim.

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